Ribhu Gita - A Canção de Ribhu

“Que raro! Quão precioso! Quão absolutamente elevado! Quão longe além da consciência cotidiana da humanidade, mas quão perto de nossos anseios mais íntimos! Graças à recente publicação da Society of Abidance in Truth, SAT, os shivaístas agora também têm a sua Gita - a Ribhu Gita, um texto aparentemente ‘antigo’ que, como a outra Gita (Bhagavad Gita), é um extrato de um épico muito mais longo (Mahabharata), neste caso, o Sivarahasya.

“O interessante desta Gita é seu foco inabalável em apenas um ensinamento, o do Eu, ou ‘Eu-Deus’. ‘Tat Tvam Asi’, ‘Você é Aquilo’. Esse elevado conhecimento permeia praticamente todo o ensinamento hindu, mas não conhecemos nenhum outro texto em que ele se concentre tão exclusivamente ou seja exposto por tanto tempo. Ao todo, cerca de 2.200 sutras são dedicados a essa derradeira verdade.

“O livro consiste em 44 capítulos, cada um dos quais considera o Eu, ou ‘Brahman’, de um ponto de vista, ou inversamente, olha para a consciência do ponto de vista do Eu. O leitor que está inclinado ao monismo ficará encantado. Ele pode encontrar algumas estrofes que despertem uma nova percepção. Por exemplo, ‘eu nunca sou a testemunha’, atingiu e impactou com força este leitor.

“É importante notar que o livro não repousa no monismo absoluto, o que não permitiria nenhuma validade à visão dualista. É isso que torna este texto realmente ótimo. Depois de expor em cada capítulo o mundo e todos os seus habitantes e acontecimentos como totalmente irreais da perspectiva do mais alto Absoluto, conclui cada capítulo com conselhos práticos em termos de dualidade – oferecendo algumas de suas mais belas passagens. O livro desmonta sistematicamente sua própria teologia, poder-se-ia dizer, depois de construí-la. Nisto é consistente, mostrando que mesmo a teologia e a doutrina são relativas, não absolutas.

“Deve-se mencionar também que este livro foi a ‘Bíblia’ do grande Ramana Maharshi. Ele se referia a ele constantemente, e ensinou e incentivou outros a lê-lo. É um Moksha Mantra (“Mantra da Liberdade”) do começo ao fim, sem desvios intelectuais, sem abordagens digressivas. Devemos nos maravilhar com os Grandes que há muito tempo sustentaram essa contemplação, cujos modelos não podem ser encontrados em outro lugar. Vamos unir nossas mãos em homenagem àqueles seres Realizados que seguravam a Verdade na palma da mão, que conheciam o Incognoscível e que nos deixaram esse legado de sua revelação de que jiva (o indivíduo) é, de fato, Siva.” – Hinduism Today, outubro de 1995.

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“Às vezes o Maharshi e seus discípulos sentam-se, especialmente após a refeição noturna, para ler a Ribhu Gita, cada um lendo um verso por vez. Ela é muito fácil de compreender, e ocasionalmente o Maharshi adiciona uma palavra ou duas para esclarecer o significado. A leitura continua por cerca de duas horas a fio. ‘Essas leituras’, diz ele, ‘da Ribhu Gita são boas como o samadhi.’ Evidentemente, uma leitura assim contínua (acompanhando o significado atentamente) induz o samadhi. De fato, página após página, mais ainda, linha após linha da Ribhu Gita simplesmente permanece enfatizando a realidade do Eu. Com um estudo constante de obras assim a mente entra facilmente no espírito do samadhi. As palavras se mantêm ressoando nos ouvidos ou dentro do coração por um longo tempo e posteriormente também.” – Self-Realisation (B. V. Narasimha Swami).

Título original: The Song of Ribhu: The English Translation of the Tamil Ribhu Gita
Tradução: Eleonora Meier
1ª Edição: 2019
Tamanho: 15,5 x 23 cm
Idioma: português
Acabamento: capa dura
Páginas: 832
ISBN: 978-85-92598-45-7